A casa do Passal, em Cabanas de Viriato, que foi adquirida pelo Estado, a fim de ser recuperada e reclassificada como Casa-Museu. Foi rodeada este fim de semana por um cordão humano para anunciar finalmente a sua recuperação . As obras terão início no Verão. Não estando no entanto para já, prevista a reconstrução total da casa, mas o telhado e a fachada será o alvo a recuperar nesta primeira fase. Finalmente boas notícias. |
O seguinte artigo visa uma pesquisa de investigação sobre a vida de um Português, Aristides de Sousa Mendes cuja sua obra é reconhecida internacionalmente sendo considerado por muitos o "Oskar Schindler português" (comparação ao que achamos muito pouco reconhecedora, visto Aristides de Sousa Mendes, ter salvo um número muito superior de pessoas do holocausto Nazi ).
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Quem foi Aristides de Sousa Mendes?
Aristides de Sousa Mendes permanece ainda cônsul de Bordéus quando tem início a Segunda Guerra Mundial, isto quando as tropas de Adolfo Hitler avançam rapidamente sobre a França. Salazar manteve a neutralidade de Portugal. Pela Circular 14, Salazar ordena aos cônsules portugueses espalhados pelo mundo que recusem conferir vistos às seguintes categorias de pessoas: |
Aristides de Sousa Mendes, nasceu em Cabanas de Viriato, a 19 de Julho de 1885 e morreu em Lisboa, 3 de Abril de 1954 foi um diplomata português, que recusou seguir as ordens do seu governo (o regime de Salazar) e concedeu vistos a refugiados de todas as que desejavam fugir da França em 1940, ano da invasão da França pela Alemanha Nazi na Segunda Guerra Mundial. Aristides salvou dezenas de milhares de pessoas do Holocausto.
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"estrangeiros de nacionalidade indefinida, contestada ou em litígio; os apátridas; os judeus, quer tenham sido expulsos do seu país de origem ou do país de onde são cidadãos".
Entretanto, em 1940, o governo francês refugiou-se temporariamente na cidade de Bordéus, fugindo de Paris antes da chegada das tropas alemãs. Dezenas de milhar de refugiados que fogem do avanço Nazi dirigiram-se para a Cidade. Muitos deles afluem ao consulado português desejando obter um visto de entrada para Portugal ou para os Estados Unidos, onde, o cônsul Sousa Mendes, caso seguisse as instruções do seu governo distribuiria vistos com moderação e regras.
Entretanto, em 1940, o governo francês refugiou-se temporariamente na cidade de Bordéus, fugindo de Paris antes da chegada das tropas alemãs. Dezenas de milhar de refugiados que fogem do avanço Nazi dirigiram-se para a Cidade. Muitos deles afluem ao consulado português desejando obter um visto de entrada para Portugal ou para os Estados Unidos, onde, o cônsul Sousa Mendes, caso seguisse as instruções do seu governo distribuiria vistos com moderação e regras.
A 22 de Junho de 1940, a França pediu um armistício à Alemanha Nazi. Mesmo a caminho de Hendaye, Aristides continua a emitir vistos para os refugiados que cruzam com ele a caminho da fronteira, uma vez que a 23 de Junho, Salazar demitira-o de suas funções de cônsul.
Apesar de terem sido enviados funcionários para trazer Aristides de volta, este lidera com a sua viatura uma coluna de veículos de refugiados e guia-os em direcção à fronteira, onde do lado espanhol não existe qualquer telefone. Por isso mesmo, os guardas fronteiriços não tinham sido ainda avisados da decisão de Madrid de fechar as fronteiras com a O cônsul é demitido e a sua família sobrevivem graças à solidariedade da comunidade judaica de Lisboa, que facilitou a alguns dos seus filhos os estudos nos Estados Unidos. Dois dos seus filhos participaram no Desembarque da Normandia.
Ele frequentou, juntamente com os seus familiares a cantina da assistência judaica internacional, onde causou impressão pelas suas ainda ricas vestimentas e por tão nobre presença. Certo dia, terá dito: "Nós também, somos refugiados". Em 1945, Salazar felicitou-se por Portugal ter ajudado os refugiados, recusando-se no entanto a reintegrar Sousa Mendes no corpo diplomático. A sua miséria será ainda maior: Venda dos bens, morte de sua esposa em 1948, e emigração dos seus filhos. Aristides de Sousa Mendes faleceu muito pobre a 3 de Abril de 1954 no hospital dos franciscanos em Lisboa. Como não possuía um fato próprio, foi enterrado numa túnica dos franciscanos. |
Já no final de 1939, Sousa Mendes tinha desobedecido às instruções do seu governo e emitido alguns vistos. Entre as pessoas que ele tinha então decidido ajudar encontra-se o Rabino de Antuérpia Jacob Kruger, que lhe faz compreender que há que salvar os refugiados judeus.
A 16 de Junho de 1940, Aristides decide entregar um visto a todos os refugiados que o pedirem: "A partir de agora, darei vistos a toda a gente, já não há nacionalidades, raça ou religião". Com a ajuda dos seus filhos e sobrinhos e do rabino Kruger, ele carimba passaportes, assina vistos, usando todas as folhas de papel que tinha disponíveis. Confrontado com os primeiros avisos de Lisboa, ele terá dito: "Se há que desobedecer, prefiro que seja a uma ordem dos homens do que a uma ordem de Deus". França. Sousa Mendes impressiona os guardas aduaneiros, que acabariam por deixar passar todos os refugiados, que com os seus vistos puderam continuar viagem até Portugal.
A 8 de Julho de 1940, Aristides encontra-se regressado a Portugal. Será punido pelo governo de Salazar: ele priva Sousa Mendes, pai de uma família numerosa, do seu emprego diplomático por um ano, diminui em metade o seu salário, antes de o enviar para a reforma. Para além disso, Sousa Mendes perde o direito de exercer a profissão de advogado. A sua licença de condução, emitida no estrangeiro, é-lhe retirada. |
A Fundação Aristides de Sousa Mendes tem uma origem recente. Foi criada no ano 2000, depois de o cônsul ter sido reconhecido e reabilitado pelo Ministério de Negócios Estrangeiros, só em 1988. Pretende-se perpetuar a memória de Aristides de Sousa Mendes e a sua acção exemplar, sendo alguém que arriscou a carreira diplomática, contrariando, por sua conta e risco, ordens superiores, em nome de princípios universais de solidariedade e de humanidade. Salvou milhares de vidas dos campos Nazis. A Casa-Museu é o mínimo que o Governo Português, pode fazer por este Nobre e Herói Português, reconhecido Mundialmente.
Aristides de Sousa Mendes foi dos únicos funcionários a quem o seu país não perdoou a desobediência apesar dos seus actos heróicos de justiça e humanidade na Segunda Guerra Mundial O seu reconhecimento foi um processo lento, que só ficou concluído catorze anos depois da queda do anterior regime. No entanto, achamos que ainda não está completamente terminada.
Aristides de Sousa Mendes foi dos únicos funcionários a quem o seu país não perdoou a desobediência apesar dos seus actos heróicos de justiça e humanidade na Segunda Guerra Mundial O seu reconhecimento foi um processo lento, que só ficou concluído catorze anos depois da queda do anterior regime. No entanto, achamos que ainda não está completamente terminada.
Para sobreviver à situação de destituição do cargo diplomático, o cônsul teve que desfazer-se da sua casa em Cabanas de Viriato que, assim, e desde então, entrou numa fase de ruína crescente, até hoje. A casa foi adquirida pelo Estado, a fim de ser recuperada e reclassificada como Casa-Museu. Finalmente volta-se a falar da sua casa do Passal dando-lhe o justo reconhecimento transformando-a em Casa-Museu. As obras vão arrancar no inicio do Verão.
Aqui ficam algumas cenas do filme sobra a vida deste Nobre Português. »»»»»»»»»»»» |
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Para a realização deste artigo recorremos aos Sites oficiais: Fundação Aristides Sousa Mendes.Wikipédia, a enciclopédia livre. MVASM. Museu virtual de Aristides Sousa Mendes. Fotos Google imagens. Youtube
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